Morreu na tarde deste domingo aos 62 anos Marinho Chagas. A Bruxa como também era conhecido, jogou pela Seleção Brasileira na Copa de 1974 na Alemanha. Marinho era natural de Natal-RN, e passou por grandes clubes do futebol brasileiro e mundial, como Botafogo, São Paulo, Fluminense e Cosmos dos Estados Unidos.
Quando
sentiu-se mal, por volta das 14h30 do sábado (31) Marinho Chagas estava
numa banca de revistas num shopping de João Pessoa, a convite do
organizador do encontro de colecionadores de figurinhas de jogadores de
futebol.
Marinho foi atendido em uma Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA) da capital paraibana e constatou-se uma
hemorragia digestiva, segundo o médico que o atendeu.
O corpo de Marinho está sendo velado no estádio O Frasqueirão, e o seu sepultamento será no
cemitério Morada da Paz, em Emaús na grande Natal.
Carreira
Marinho Chagas foi um dos ídolos do Botafogo na década de 1970. Dono de um chute forte e preciso, era conhecido pelos gols de falta marcados frequentemente.
Marinho Chagas era conhecido pelo comportamento irreverente e não
raro polêmico dentro e fora de campo, se destacando por estar
taticamente à frente de seu tempo: avançava livremente pela lateral do
campo rumo ao ataque, características de um verdadeiro ala. Isso na
época causava controvérsia, já que antigamente era considerado muito
mais importante para um lateral marcar do que apoiar. Por causa disso,
Marinho recebeu o pejorativo apelido de "Avenida Marinho Chagas", devido
aos eventuais espaços que deixava em campo. Ficou marcado pela forte
briga que teve com o então goleiro Leão
no jogo que valeu a eliminação do Brasil na Copa de 74, contra a
Polônia, perdido por 1 a 0, jogo que valia a 3ª posição. No entanto,
depois foi considerado como um dos grandes laterais-esquerdos da
história do futebol brasileiro, ao lado de outros nomes que brilharam em
Copas do Mundo como Nílton Santos, Júnior, Branco e Roberto Carlos.
Nos seus últimos anos de vida viveu na sua cidade natal, era comentarista da Band Natal, emissora Grupo Bandeirantes de Comunicação. Enfrentava uma batalha diária contra o alcoolismo, doença pela qual foi vencido quando faltavam 11 dias para o início da Copa do Mundo no Brasil, ao passar mal em um evento de troca de figurinhas na cidade de João Pessoa (PB).
Marinho foi homenageado diversas vezes pelo Estado do Rio Grande do
Norte; a última delas foi uma estátua sua entre as decorações da cidade
do Natal para a Copa do Mundo.
Ele também era membro e embaixador da
cidade-sede para a Copa do Mundo.
Apesar de potiguar, Marinho era torcedor ferrenho do Botafogo do Rio de Janeiro, clube pelo qual se destacou nacionalmente.
Clubes Profissionais |
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Anos | Clubes | |
---|---|---|
1967–1968 1969–1970 1970–1972 1972–1976 1977–1978 1979–1979 1980–1980 1981–1983 1983–1983 1984–1984 1985–1985 1986–1987 1987–1988 |
Riachuelo ABC Náutico Botafogo Fluminense NY Cosmos Fort Lauderdale Strikers São Paulo Bangu Fortaleza América de Natal LA Heat Harlekin Augsburg | |
Seleção nacional | ||
1973–1977 | Brasil | jogos 36 gols (4) |
Times que treinou | ||
Alecrim |
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